segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A felicidade de hoje: Compersão e Ciúme

A felicidade de hoje

A necessidade básica de aprender: uma nova palavra, Compersão

A batalha por desaprender: Ciúme

ciumes

Encontrei este texto e ele reflete tão bem a minha forma de estar, que da próxima vez que me perguntarem pelo segredo de 15 anos de relação eu passo o link.

Uma mudança de comportamento só pode ser efetivada pela mudança de pensamento, caso contrário não é mudança concreta.

[] o ciúme não é natural. É um comportamento construído socialmente e aceito por tantas gerações que já viemos ao mundo numa sociedade ciumenta, sem muitos exemplos do contrário, e assim crescemos acreditando na naturalidade e necessidade dele. Há milénios atrás, antes da Era Cristã, a poligamia era natural. Não devemos esquecer que o fator histórico é muito importante para entender como vivemos hoje.[] Ora, o casamento monogâmico sendo algo elevado, a poligamia foi rebaixada a pura devassidão e com isso tudo o que pudesse indicar gosto por mais de um, indicação de não-amor. Manter o ideal de amor romântico – monogâmico, único por toda a vida, foi o que gerou os sentimentos de possessividade e insegurança com o medo da perda de um parceiro que, em tese, só pode “ter” uma pessoa apenas.

Mas não precisa ser assim. Uma das grandes mentiras que já nos ensinaram na vida é de que amor de verdade é único. O amor de verdade é múltiplo. Eis porque você tem a capacidade de amar tantas pessoas. Eis porquê você ama seus parentes, seus amigos, seus animais de estimação e coisas mais abstratas como sua vida, sua felicidade e sua liberdade. O amor é um sentimento sem limites ou fronteiras.

[]As pessoas sempre criticam dizendo que se você admite outras pessoas, não existe amor de verdade. Por quê? Acaso o amor verdadeiro é egoísta?

Você não vai perder seu parceiro (a) se você lhe der liberdade de comprometimento, ao contrário, isso te dará paz e segurança. Por quê? Por que você não vai mais precisar se preocupar com traições porque elas não mais existirão: Quando se tem liberdade de ter outras pessoas e isso não é proibido, o “gosto” pela traição diminui. A pessoa não pensa mais como uma alternativa de escape porque ela não se sente presa[]

Naturalmente, a pessoa acaba por se voltar ao diálogo, e quão melhor não seria sermos francos e verdadeiramente amigos e confidentes de nossos parceiros? Sentar e dizer “Olha, estou gostando de uma garota muito interessante, que gostaria que conhecesse, creio que irá gostar”. Não existe ameaça nisso porque não há substituições, apenas acréscimos. Não há mais o medo de perda: Porque simplesmente não há mais a necessidade da troca. Se um relacionamento acabar, não é porque surgiu uma nova pessoa com quem ele ou ela gostaria de se relacionar, é porque ela realmente não quer mais se relacionar com você. Um término é mais tranquilo que uma substituição.

Compersão é a palavra portuguesa para o termo em inglês Compersion, que significa ausência de ciúmes, ou estar feliz com a felicidade do outro. Vou além: Não se trata de ser feliz apenas com a felicidade do outro, mas com sua liberdade, com sua paixão, com seu amor. É ser feliz que seu parceiro(a) é amado(a) verdadeiramente por outras pessoas, que é tão bem cuidado por outras pessoas quanto o é por você. É ver o amor e carinho que ele(a) sente por outros parceiros(as) e ver isso com bons olhos ao invés de maus: Você não está de fora, você faz parte da família.

Poliamor acima de tudo exige respeito. Se trata, basicamente, de estar feliz pela pessoa que você ama ser livre para amar, ser livre para se relacionar com carinho e comprometimento a outras pessoas tão interessantes quanto ela ou você.

Podemos viver a vida inteira com um só e ainda assim amar plenamente e permitir liberdade? Sim, podemos. Poliamor não é sobre ter vários parceiros a todo custo, mas reconhecer o direito e a possibilidade. Assim como amar mais de um não é uma afronta à sua individualidade. Não te torna menos especial, você ainda é único. Não se trata de “insatisfação”, mas liberdade de amar e desejo de acréscimo, não completude. Comece a pensar assim e verá o ciúme desaparecer. Talvez a frase mais sábia que eu já tenha ouvido falar na vida seja:

“As coisas que gosto deixo-as livres: Se voltarem é porque as conquistei, se não voltarem é porque nunca as tive”. A pessoa que é livre não deseja fugir. Conquiste as pessoas, não as prenda, e as terá consigo enquanto houver amor e respeito.

http://poliamores.blogspot.com/2010/01/compersao-o-oposto-do-ciume.html

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